terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Quem sou eu?

Bem, assim como a Martha Medeiros, vou tentar me descrever aqui também...

Bem... Eu?  ahhh Eu sou...
Sou calma, muito calma... mas por favor não me queiram ver nervosa...
Sou música, poesia, leitura.
Sou um bom prato de feijão, arroz, bife e salada,
Sou mar, mas não sou praia, nem areia...
Sou água de coco,
Não sou cor de rosa...
Sou Corinthians,
Sou trabalho,
Sou sonhos,
Sou mudanças,
Sou mulher,
Sou cidade, sou urbana, poluição, prédios.
Sou paulista,
Sou Avenida Paulista,
São Paulo.
Sou básica.
Sou feliz.
Sou de Deus.
Sou... assim!
Simples,
Chata,
Alegre,
Impacientemente paciente,
Metrô.
Sou outono e primavera.
Sou margaridas e lirios da paz.
Sou misteriosa, sou curiosa, sou calada...as vezes
Sou falante sempre!
Sou sorriso.
Sou nude,
Mas sempre colorida.
Sou salto alto, mas não abro mão de uma sapatilha vermelha...
Sou girassol.. carrancudo, alegre e lindo!
Sou futebol!
Sou um bom filme...
Sou humor e sorrisos!
Não sou brigas, não sou barraqueira...
Sou ciumenta...
Eu...
Um bom perfume,
Paz...
Se pudesse sair do país agora?
Iria para França, andar pelos corredores do Louvre...
Iria para Irlanda... quem sabe...
Ouvir uma música agora?
Isso eu posso,
Ouviria Seu Jorge...

Até mais...






 Marieci

sábado, 28 de janeiro de 2012

O carregador zarolho - Voltaire

Os dois olhos que temos em nada melhoram a nossa condição; serve-nos um para ver os bens, e o outro para ver os males da vida. Muita gente possui o mau hábito de fechar o primeiro, e poucos fecham o segundo; eis por que há tantas pessoas que prefeririam ser cegos a ver, tudo o que vêem. Felizes os zarolhos que só são privados desse olho mau que estraga tudo quanto a gente olha! Era o caso de Mesrour.

Seria preciso ser cego para não ver que Mesrour era zarolho. Era-o de nascença; mas era um zarolho tão satisfeito com a sua condição que jamais se lembrara de desejar outro olho. Não eram os dons da fortuna que o consolavam dos malefícios da natureza, pois não passava de um simples carregador e não tinha outro tesouro senão os seus ombros; mas era feliz, e mostrava que mais um olho e menos trabalho pouco contribuem para a felicidade. O dinheiro e o apetite lhe vinham sempre em proporção com o exercício que fazia; trabalhava de manhã, comia e bebia de tarde, dormia de noite, e considerava cada dia como uma vida à parte, de modo que a preocupação do futuro jamais lhe perturbava o gozo do presente. Era (como o vedes) ao mesmo tempo zarolho, carregador e filósofo.

Viu por acaso passar numa suntuosa carruagem uma grande princesa que tinha um olho mais do que ele, o que não o impediu de achá-la muito bela, e, como os zarolhos não diferem dos outros homens senão em que têm um olho de menos, apaixonou-se perdidamente pela princesa. Dirão talvez que, quando se é carregador e zarolho, o melhor é a gente não se apaixonar, principalmente por uma grande princesa e, o que é mais, uma princesa que tem dois olhos; no entanto, como não há amor sem esperança, e como o nosso carregador amava, ousou esperar.

Tendo mais pernas que olhos, e boas pernas, seguiu durante quatro léguas o carro da sua deusa, que seis grandes cavalos brancos puxavam velozmente. Era moda, naqueles tempos, entre as damas, viajar sem lacaios e sem cocheiro, conduzindo elas próprias o carro; queriam os maridos que elas andassem sempre sozinhas, para ficar mais seguros da sua virtude; o que é diametralmente oposto ao parecer dos moralistas, que dizem que não há virtude na solidão.

Mesrour continuava a correr junto às rodas do carro, voltando seu olho bom na direção da dama, espantada de ver um zarolho com tamanha agilidade. Enquanto ele provava assim o quanto se é infatigável quando se ama, um animal selvagem, perseguido por caçadores, atravessou a estrada, espantando os cavalos, que tomaram o freio nos dentes e já arrastavam a bela para um precipício. Seu novo apaixonado, ainda mais assustado do que ela, embora a princesa o estivesse bastante, cortou as correias com maravilhosa habilidade; somente os seis cavalos deram o salto mortal, e a dama, que não estava menos branca do que eles, apenas passou por um grande susto.

— Quem quer que sejas – disse-lhe ela; – jamais esquecerei que te devo a vida; pede-me o que quiseres: tudo o que tenho está a teu dispor.
 — Ah! com muito mais razão – respondeu Mesrour – posso eu oferecer-vos outro tanto; mas, assim fazendo, sempre vos oferecerei menos; pois só tenho um olho, e vós tendes dois; mas um olho que vos contempla vale mais que dois olhos que não vêem os vossos.
A dama sorriu: pois as galanterias de um zarolho são sempre galanterias; e as galanterias sempre fazem sorrir.

— Eu desejaria dar-te um outro olho – disse ela – mas só a tua mãe podia dar-te esse presente; mas continua a acompanhar-me.

Dizendo essas palavras, desce ela do carro e prossegue o caminho a pé; seu cãozinho também desceu e marchava ao lado da dona, ladrando para a estranha figura do seu escudeiro. Faço mal em lhe dar o título de escudeiro, porque, por mais que ele lhe oferecesse o braço, não quis a dama aceitá-lo, sob o pretexto de que o braço estava muito sujo; e ides ver agora como a princesa foi vítima de seu próprio asseio. Tinha ela uns pequeninos pés, e uns sapatinhos ainda menores, de maneira que não era feita para longas caminhadas, nem estava devidamente calçada para isso.

Lindos pezinhos consolam de ter pernas débeis, quando se passa a vida numa espreguiçadeira, em meio de uma porção de peralvilhos; mas de que servem sapatos bordados e lantejoulados em um caminho pedregoso, onde só podem ser vistos por um carregador e, ainda por cima, por um carregador que só tem um olho?

Melinade (é este o nome da dama, que tive minhas razões para calar até agora, visto que ainda não fora inventado), Melinade avançava como podia, amaldiçoando o seu sapateiro, escorchando os pés, e dando um mau jeito a cada passo. Fazia hora e meia que ela marchava como as grandes damas, isto é, já fizera perto de um quarto de légua, quando tombou de fadiga.

Mesrour, cujos serviços ela recusara enquanto estava de pé, hesitava em lhos oferecer, por medo de a macular com o seu contato; pois bem sabia que não estava limpo (a dama claramente lho dera a entender), e a comparação que fizera em caminho entre a sua pessoa e a da sua amada ainda lho mostrava com maior clareza. Tinha ela um leve vestido cor de prata, semeado de guirlandas, que lhe ressaltava a beleza do talhe; e ele, um blusão pardacento, todo manchado, rasgado e remendado, e de tal maneira que os remendos ficavam ao lado dos buracos e não por baixo, onde estariam mais no seu lugar. Havia comparado as suas mãos musculosas e cobertas de calos com as duas pequenas mãos mais brancas e delicadas do que lírios. Vira enfim os lindos cabelos loiros de Melinade, que se entremostravam através de um véu de gaze, penteados em tranças e cachos; e ele, para colocar ao lado disso, não tinha mais que umas eriçadas crinas negras, cujo único ornamento era um turbante roto.

No entanto Melinade tenta erguer-se, mas tomba em seguida, e tão desastradamente, que o que ela deixou ver a Mesrour tirou-lhe o pouco de razão que a vista de seu rosto pudera deixar-lhe. Esqueceu que era carregador, que era zarolho, e não mais pensou na distância que a fortuna pusera entre ambos; mal se lembrou que amava, pois faltou à delicadeza que dizem inseparável de um verdadeiro amor, e que às vezes lhe constitui o encanto, e muitas vezes o aborrecimento; serviu-se dos direitos à brutalidade que lhe dava a sua condição de carregador; foi brutal e feliz. A princesa, então, estava, sem dúvida desmaiada, ou lamentava a sua sorte; mas, como tinha um espírito justo, abençoava decerto o destino pelo fato de todo infortúnio trazer consigo o seu próprio consolo.
A noite estendera os véus no horizonte, e ocultava na sua sombra a verdadeira felicidade de Mesrour e a pretensa desgraça de Melinade; Mesrour desfrutava os prazeres dos perfeitos amantes, e desfrutava-os como carregador, quer dizer (para vergonha da humanidade) da maneira mais perfeita; os desmaios de Melinade voltavam-lhe a cada momento, e a cada momento o seu amante recuperava forças.

— Poderoso Maomé – disse ele uma vez, como homem arrebatado, mas como péssimo católico, – só o que falta à minha felicidade é ser sentida por aquela que a causa; enquanto estou no teu paraíso, divino profeta, concede-me ainda um favor, o de ser para os olhos de Melinade o que ela seria para os meus olhos, se houvesse luz.

Acabou de rezar e continuou a gozar. A aurora, sempre demasiado diligente para os amantes, surpreendeu a ambos na atitude onde ela própria poderia ter sido surpreendida um momento antes, com Titono. Mas qual não foi o espanto de Melinade quando, abrindo os olhos aos primeiros raios do dia, viu-se num lugar encantado, com um homem de nobre estrutura, cujo rosto se assemelhava ao astro cuja volta a terra aguardava! Tinha faces de rosa, lábios de coral; seus grandes olhos, ao mesmo tempo ternos e vivos, exprimiam e inspiravam volúpia; seu carcaz de ouro, ornado de pedrarias, pendia-lhe do ombro e só o prazer fazia ressoar as suas flechas; sua longa cabeleira, presa por um atilho de diamantes, flutuava-lhe livremente sobre os rins, e um tecido transparente, bordado de pérolas lhe servia de veste, sem nada ocultar da beleza do seu corpo.

— Onde estou, e quem és – exclamou Melinade no auge da surpresa.

— Estais – respondeu ele – com o miserável que teve a ventura de vos salvar a vida, e que tão bem cobrou o seu trabalho.

Melinade, tão satisfeita quanto espantada, lamentou que a metamorfose de Mesrour não tivesse começado mais cedo. Aproxima-se de um magnífico palácio que lhe atraíra o olhar e lê esta inscrição na porta: “Afastai-vos, profanos; estas portas só se abrirão para o senhor do anel.” Mesrour aproxima-se por sua vez para ler a mesma inscrição, mas viu outros caracteres e leu estas palavras: “Bate sem receio.” Bateu, e em seguida as portas se abriram por si mesmas com fragor. Os dois amantes entraram, ao som de mil vozes e de mil instrumentos, num vestíbulo de mármore de Paros; dali passaram para uma sala soberba, onde os esperava há mil duzentos e cinqüenta anos um festim delicioso, sem que nenhum dos pratos houvesse esfriado: puseram-se à. mesa e foram servidos cada um por mil escravas da maior formosura; a refeição foi entremeada de concertos e danças; e, quando terminou, todos os gênios vieram, na maior ordem, em diferentes grupos, com vestuários tão suntuosos quão singulares, prestar juramento de fidelidade ao senhor do anel, e beijar o dedo sagrado que o carregava.

Ora, havia em Bagdad um muçulmano muito devoto que, não podendo ir lavar-se na mesquita, fazia a água da mesquita vir à sua casa, mediante uma pequena retribuição que pagava ao sacerdote. Acabava ele de fazer a quinta ablução, a fim de se preparar para a quinta prece. E a sua criada, rapariga estouvada e muito pouco devota, desembaraçou-se da água santa lançando-a pela janela. A água caiu sobre um infeliz profundamente adormecido junto a um marco que lhe servia de apoio. Acordou-se com o choque. Era o pobre Mesrour que, voltando do seu passeio encantado, perdera na viagem o anel de Salomão. Deixara as soberbas vestes e retomara o seu blusão; seu belo carcaz de ouro havia-se transformado num porta-fardos de madeira e, para cúmulo da desgraça, tinha deixado um dos olhos no caminho. Lembrou-se então de que bebera na véspera grande quantidade de aguardente, que lhe adormentara os sentidos e aquecera a imaginação.

E Mesrour, que até aquele instante amara essa bebida por gosto, começou a amá-la por gratidão, e voltou alegremente ao trabalho, resolvido a empregar o salário daquele dia na aquisição dos meios para tornar a ver a sua querida Melinade. Qualquer outro ficaria desolado de ser um mísero zarolho depois de ter tido dois lindos olhos; de sofrer as recusas das varredeiras do palácio depois de haver gozado os favores de uma princesa mais bela do que as amantes do califa; e de estar a serviço de todos os burgueses de Bagdad depois de haver reinado sobre todos os gênios; mas Mesrour não possuía o olho que vê o lado mau das coisas.

Pequenos contos do escritor Voltaire






Até Mais

Cidinha Marieci

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Em algum lugar

Em algum lugar,
Em algum momento,
Em algum verso perdido.
Numa carta esquecida no fundo de uma gaveta qualquer,
Ou em um cartão guardado em algum baú que perdi.
Não sei ao certo aonde foi
Que eu deixei algumas coisas,
E pessoas do meu passado.
Por certo, não eram importantes
Senão eu o saberia,
Mas o que importa mesmo
É o hoje, o agora!
Minha vida, doce vida,
E meus novos sonhos
E pensamentos,
Também comprei novos armários, com novas gavetas...
e novos baús...
Pra guardar algumas das coisas que estão acontecendo hoje,
E de alguma maneira eu sei,
Que não vou perder nada disso...


Até mais,


 Marieci

sábado, 21 de janeiro de 2012

Tempos modernos...


Quando criança não tinha nem telefone na minha casa...
Era coisa de rico.
Usava óculos com lentes cristal, não conhecia ou não existiam  as lentes modernas.
E  lembro que meu pai trabalhava de noite, e quando chegava sábado de manhã, trazia pão e mortadela da padaria, meu Deus como era bom...
Ah  e a TV era preta e branca.
Minha filha  tem TV colorida no quarto, computador, tablet, notebook, celular conectado, telefone sem fio, não come mortadela nunca, porque é gorduroso e faz mal a saúde...
Meus trabalhos escolares eram de fato um trabalho e tanto!
Precisava ir até a Biblioteca Municipal, que não era perto de casa não, procurar em diversos livros, e por fim achar na Enciclopédia Barsa, por que lá  a gente sabia tinha de tudo!
Era um verdadeiro Google de papel!!! 
Nossa!!!
Alguém aí, lembra dessa coleção? (risos)
Tirava  xérox de várias páginas, chegava em casa e lia tudinho, copiava à mão em papel almaço... + risos
Não esquecendo, de fazer o título com canetas coloridas! (nossaaa)
Tudo muito caprichado, com capas de cartolina, cuidadosamente cortada e enfim entregue ao professor!
E uma semana depois, o trabalho era devolvido e lá encima no canto direito do trabalho a nota....
Ai que delícia!!
Hoje minha filha, entra no Google...
Pesquisa... 
Copia e cola algumas coisas, resume outras, formata e manda no e-mail do professor!
Pequeno detalhe, nos meus trabalhos algumas palavras vinham com círculo vermelho, porque eu tinha esquecido o acento ou a vírgula, hoje o Word faz isso antes de chegar nas mãos do professor!!
É.
Das muitas coisas que me lembro da minha infância e adolescência, acredito que as únicas que permanecem hoje, são a coca-cola e o bom e velho jeans!!
Sem contar as câmeras fotográficas...
Nos passeios escolares ou festas, todo mundo fazendo pose e fotografando, e no dia seguinte, lá íamos até algum lugar mandar revelar o filme, (risos), e quantas vezes não aconteceu de chegar lá e não ter nenhuma foto que prestasse, todas cortadas ou queimadas, aiaiai!!!
E ainda me lembro do dia em que desenrolei todo o filme, acreditando quer iria encontrar os negativos das fotos lá... (risos) Não preciso contar que perdi todo o filme!!!
Fico aqui pensando, não...
Melhor nem pensar, como será daqui alguns dias... (risos)



Até mais,


Cidinha Marieci

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A felicidade encontrada por acaso....

Há um antigo conto de fadas que se passa no Sri Lanka (antigo Ceilão) – quando este ainda se chamava Serendipe – uma história que fala sobre uma princesa que tinha três pretendentes ao casamento e como não estava muito disposta a se casar, passou a cada um deles uma tarefa impossível de ser realizada, se comprometendo com aquele que conseguisse cumprir a tarefa. No final, os três fracassaram e ela obteve sucesso em sua estratégia, porém, todos os pretendentes, no decorrer de seus esforços, acabaram fazendo descobertas inesperadas e afortunadas, fortuitamente.
Surgiu daí o termo “serendipitia” que significa: “descobrir coisas úteis, por acaso”.





Sabe quando você perde um anel, ou algo importante por muito tempo e aí você começa uma faxina em sua casa, e sem esperar encontra o anel caído ali, atrás de um móvel, ou entre as gavetas do armário, já sentiu esta sensação, de felicidade sem estar esperando por ela naquele momento? Então isto é serendipitia...
É isso, a felicidade encontrada por acaso...
Quando você está distraído com uma coisa e encontra outra!
Ouvi esta história em um filme brasileiro chamado Bodas de papel, e engraçado nunca mais esqueci, e sempre que um momento bom acontece em minha vida, eu me lembro.
Participava de uma equipe de treinamento para novos funcionários em uma das empresas que trabalhei, e havia uma escala, agendada todo mês, com números de funcionários admitidos, e uma dupla para dar o treinamento, enfim, certo dia me chamaram  e disseram olha, temos um grupo de 30 pessoas e Fulano não veio você vai ter que deixar o que está fazendo agora e ir lá substituí-lo. Hummm isso não é legal, mas enfim, peguei as coisas que tinha mãos para o treinamento e fui com outra colega. Eu gosto de falar, mas naqueles dia não estava nem um poucos disposta a dar treinamento, com aquelas dinâmicas, mas  já se diz um velho ditado manda quem pode, obedece quem tem juízo, então, lá fui eu!
Passamos toda a apresentação da empresa para o pessoal, com filmes, apresentação em slides, etc... e bem no final já familiarizada com eles, depois de um café, perguntei se eles queriam ouvir uma história e contei pra eles este conto chamado  serendipitia, disse que naquele dia não imaginava que iria estar ali,  estava por que a pessoa escalada para apresentação naquele dia, havia  faltado por motivos particulares e que eu estava bastante feliz por tê-los conhecido e acrescentei, pensem bem quando seus superiores lhe derem tarefas chatas ou complicadas para realizar, vão lá façam com prazer por que no meio do caminho, o inesperado pode acontecer!
Até mais



 Marieci

sábado, 14 de janeiro de 2012

Ainda bem...


Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você
Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim
O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão
 



Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim

O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão
Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim....


Bela canção.
Estava procurando por música e achei esta pérola, linda, e me apaixonei pela letra, pelo ritmo e principalmente por ver o Anderson Silva, um lutador, campeão do UFC...





...dançando tão delicada e romanticamente, um cara fortão, acostumado a dar, e levar socos, ficar assim, bonito dançando com a Marisa, uma música melosa e linda.
Isso me fez acreditar que ninguém  é o que de fato aparenta ser.
E aí me lembro de novo da Martha Medeiros dizendo:

"Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada."

Até mais,

Cidinha Marieci


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A moça

Na correria do dia Ana Claudia sai do trabalho, o salto alto, machuca os seus pés, mas não importa, o que importa mesmo é estar linda!
Atravessa a avenida e sabe que tem olhares voltados pra ela, ela não é tão linda assim, mas sabe ser charmosa, sabe se vestir e andar com classe, e lá vai ela correndo atravessando a Avenida Paulista e subindo as escadarias do Banco do Brasil, entra abre a bolsa a procura da fatura que vence naquele dia, ela tinha certeza que o valor era de quase mil reais, mas quando abre a fatura, não resiste e abre um sorrido enorme, não sabe o que de fato aconteceu,  mas o valor veio menos que a metade do que ela esperava. Que maravilha pensou, não vou precisar encarar esta fila imensa neste banco para sacar parte do dinheiro, desceu as escadas novamente, mas antes de sair conferiu se não havia esquecido nada, pois Ana Claudia vive esquecendo coisas. Já esqueceu o celular, voltou para buscar e muitas outras coisas, mas ao lado tem outra agencia bancária de outra rede onde ela também mantém uma conta, entra, este banco costuma sempre estar vazio ela vai até o balcão central, pega o cartão, a fatura , celular, seu livro e vai até o caixa eletrônico onde faz o pagamento e sai feliz da vida.
Desce as escadas do metrô com o pensamento longe, bem longe, num amor, desce sorrindo, paga e entra no trem, olha para as mãos e oh meu Deus:  o livro! Ah não, ela esqueceu o livro, mas onde? Antes da porta do trem fechar-se ela sai correndo, sobe as escadas e vai até a agência onde pagou a fatura, olha e lá está ele, ai que alívio ela pensa. A moça que está usando o caixa ao lado sorri pra ela, pois percebe a sua alegria ao encontrar o livro. Percorre novamente o caminho e quando vai passar na catraca, um lembrete, você precisa aguarda 10 minutos, pois acabou de usar seu bilhete. Oh meu Deus pensa ela, mas enfim, fica por ali parada esperando dar o tal dos dez minutos para que ela possa reutilizar seu bilhete e de repente uma moça de boa aparência acompanhada de uma criança se aproxima e diz: “ Moça, você pode me ajuda? Olha saí de casa para receber da empresa meus dias trabalhados e pagaram com cheque, quando cheguei ao banco já estava fechado e não pude trocar o cheque, procurei algum dinheiro na bolsa e percebi  que falta um real para completar a passagem do ônibus... Ana Claudia olhou e viu que que aquela moça falava a  verdade, mas ela nunca tem dinheiro, paga tudo com cartão, mas lembrou-se de umas moedas, abriu a bolsa e começou a procurar, e não achava, vários bolsinhos, sua bolsa naquele dia estava mais bagunçada que o de costume, mas depois de alguns instantes achou, a moça ficou muito agradecida e saiu.
Ana Claudia respirou aliviada, já tinham se passado os dez minutos, passou seu cartão na catraca do metrô, desceu as escadas rolantes e foi para a sua casa, feliz por ter esquecido o livro e assim ter ajudado a moça, e pensando é.. preciso ser mais organizada com a minha bolsa. 

Até mais

Cidinha Marieci

sábado, 7 de janeiro de 2012

Metas para o ano que se inicia

Já estamos no primeiro final de semana do ano novo e as nossas metas como estão, já começamos a colocá-las em prática?



Vejamos:

1 - Sair do vermelho.
2 - Sair do vermelho.
3 - ...é ainda estou no vermelho.
4 - Definitivamente sair do vermelho!
5 - Emagrecer ou engordar, pois acreditem conheço um monte de gente, que enquanto a maioria do povo se mata pra emagrecer, eles lutam pra não perder um quilinho e se possível aumentar outro!!! É eu sei, é muito louco mesmo, mas enfim...
6- Um amor! Ahhh o famoso e complicado amor, aquele amor de novela, com direito a Adele cantando ao fundo... Quem já o tem, precisa trabalhar e muito pra mantê-lo ali, fresquinho e orvalhado...
Quem ainda não encontrou, hummmm..
Deve estar aqui, na meta número 6.
Regras pra reconhecê-lo? Não sei se existem, mas muitos de nós preocupa-se muito com a embalagem,  e li dia desses que a vida é como um garimpo, e que muitas vezes o verdadeiro diamante é confundido com o cascalho, pois é. É preciso olhar com calma pra ver, e encontrar o brilho entre as lascas.
E como encontrar um diamante?  Segundo professor Hélio Castanho de Almeida  — morto em 1995 —  para quem quisesse encontrar um diamante no rio Pardo, “Basta ter paciência”, esta era a receita (extraído da internet)
xiiiiiiiiiiiiiiiii (risos)
Acho que você, assim  como eu talvez esteja pensando:”Oh meu Deus.. será que já encontrei o diamante e perdi, pois  não reconheci o brilho? o O
Bom passemos para a meta número 7.
7 -  Acalmar-se pelo amor perdido, levantar a cabeça e seguir enfrente! Sempre de olho nas lascas de qualquer cascalho encontrado por aí! (+risos)
8 - Trabalho e realização profissional, outra partezinha complicada de resolver, pois  os estudiosos no assunto, dizem que pra você ser feliz profissionalmente,  tem que fazer o que gosta...xiiiiiiii
Então vamos lá, gosto de boa vida, gosto de ler, gosto deste mundo virtual, gosto de praia, gosto de sol, gosto de dar risadas, gosto de conversar, gosto de compras no shopping, gosto de um bom filme, gosto de humanas, não gosto de exatas, e trabalho com números, melhor ir logo para a meta de número 9.
9 – Aprender a gostar do que faz, mesmo não sendo exatamente o que você gostaria de fazer, pois como costuma dizer uma amiga minha: “Se trabalho fosse bom, não nos pagavam para fazer”.
10 - Guardar dinheiro para as festas de final de ano.




Até mais



Cidinha Marieci