domingo, 28 de julho de 2019

As Marias que eu sou


Fico imaginando quantas Marias eu sou.
A paciente, que espera, que aguenta, que sorri chorando, que chora sorrindo.
A que paga as contas, limpa as coisas, leva o lixo, que aguenta os trancos da vida.
sonhadora.
Aquela que as pessoas chamam de forte, e alguns até admiram, e a que senta atrás 
da porta do quarto e chora sozinha e ninguém vê.
A que ora, e busca a esperança na sua fé em Deus.
A que se arruma, salto e batom e sai pro mundo e a que fica em casa descabelada comendo pipoca e assintindo um filme...
Sou tantas e adoro todas que eu sou.
Agora? Sou a descabelada assistindo futebol...

Até  mais,



Marieci




















quarta-feira, 1 de maio de 2019

Olha que casal bonito!

Hoje, almoçando num shopping, olhei para o lado e vi um casal  de idosos, cabelos brancos, na mesa ao lado e comentei:
- Olha que casal bonito!
Mas, logo em seguida pensei, realmente um belo casal, mas que jornada não  tiveram?
Quantas noites mal dormidas?
Quantas lágrimas não  escorreram por aqueles olhos?
Quantas dores  no peito?
E quanto medo não  sentiram?
Com certeza tiveram também, momentos brilhantes de muita luz  e alegria.
Olhamos e vemos pessoas, sorrindo e não  imaginamos o que cada um trás consigo.
Precisamos mudar nosso olhar.
Olhar com singeleza, com gentileza, pois assim como nós, todos carregam uma cruz.
Hoje, antes de sair, ouvi uma história no rádio, é gente eu ainda ouço um rádio, e contava que havia uma cidade das reclamações, então o dono  daquela cidade  construiu um varal imenso e  pediu que cada um escrevesse seu problema é pendurasse no varal.
Depois que o varal estava repleto ele disse:
- Agora vão  lá  e procurem um problema menor que o seu e troque.
Todos foram correndo, olharam e cada um
acabou concluindo que o melhor era ficar com  seus próprios  problemas mesmo.
As vezes achamos  que a grama do vizinho é  melhor, mas se entrarmos lá  descobrimos que não  é  bem assim.
Então, vivamos bem, agradecidos com o que Deus nos proporcionou.
E sempre que possível fazendo o bem.

Até  mais


Marieci

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A minha vida



São tantas emoções, já dizia Roberto e Erasmo...
O que me faz feliz?
Meu Deus, posso dizer que sou uma mulher feliz, não tenho tudo, mas amo cada detalhe que a mim foi concedido nesta vida.
Olho para o meu passado e vejo uma criança com os dois joelhos ralados de tombos que levava, de tanto apostar corrida de bicicleta, numa rua de terra, ou com um vestido de veludo azul e um pintinho amarelinho nas mãos, porque meus pais tinham um galinheiro no fundo do quintal; E no terreno ao lado, eles plantavam milho e cana, e eu adorava arrancar as espigas de milho com aqueles fios dourados, e minha mãe descascava a cana e cortava os gomos em quatro pedacinhos que enchiam uma vasilha, e desapareciam em minutos.
Vejo uma adolescente cheia de amigos, que nunca repetiu de ano, e que apesar dos 1,55 de altura, participava do time de volei na escola!
Vejo uma moça cheia de sonhos e planos para o futuro.

E uma mulher que nunca desistiu, apesar de todos os apesares, resistiu bravamente as ondas do mar da vida. 

Sabe quando você assiste um filme e vê um velejador lutando com as velas, em meio a uma tempestade? 
Ele não tem tempo pra pensar ou chorar o porquê da tempestade, ele precisa trabalhar e vencer, até que a tempestade passe e o seu barco alcance a bonança, aí então ele se deita no chão do barco, relaxa, olha para as estrelas no céu, o brilho da lua ou sente os raios do sol batendo em seu rosto e dá grandes risadas da tempestade que passou!
Então, assim sou eu...
E sei que menina de joelho ralado, a adolescente sonhadora e a moça cheia de planos, estamos todas aqui, deitadas no chão do barco, olhando o céu e dando grandes risadas, porque elas se orgulham de mim e eu me orgulho delas, porque elas fizeram a mulher que sou hoje...
Assim.





Marieci